sexta-feira, 24 de julho de 2009

Uma nova AD para Portugal...

Deve a AD ser um acordo pré-eleitoral ou pós-eleitoral? Entendo perfeitamente que PSD e CDS queiram ir a votos separados para mostrarem quanto valem em termos eleitorais e negociarem depois as posições no Governo. É óbvio que, ao contrário da AD original de 1979, no caso do acordo ser pós-eleitoral, o PPM ficaria de fora, pois nunca na sua história conseguiu eleger sozinho um único deputado. Ao ter avançado durante a campanha das Europeias que o PPM estaria disposto a fazer uma coligação AD – agora avançada também pela entrevista de Paulo Rangel ao “DN” – devo esclarecer que o PPM não deve ter receio de ir a votos sozinho, mesmo quando todas as sondagens e resultados anteriores pré-anunciam o negro espectro da derrota.

O problema do PPM é que há monárquicos no PSD e no CDS. E também os há no PS. E, eventualmente, até haverá políticos espalhados por outros partidos que não se importariam nada de viver numa monarquia constitucional, como os ingleses. Ou os espanhóis. E dinamarqueses. Ou holandeses. E suecos…

Por causa desta gritante dispersão do eleitorado monárquico é que o PPM sempre foi um partido que esteve a reboque e nunca sonhou ser poder sozinho. Mas tem poder. Tem mesmo muito poder, pois enquanto a República insistir em erros que colocam em risco a identidade nacional, a soberania portuguesa e a cultura, ambiente e agricultura, o PPM é o único partido responsável e livre para apontar o que está mal e, ao mesmo tempo, coisa rara em política!, apresentar soluções. Tem 30 anos de experiência.

Muitas coligações autárquicas são AD’s. Têm lá o PPM. E funcionam bem, pois o País e a sustentabilidade são as principais intenções e projecto de existência política do PPM.

No dia em que Portugal for uma monarquia, o PPM desaparece. Até lá, faz cada vez mais sentido a existência de um partido monárquico. Da mesma forma que, em Monarquia, também existia um partido republicano… E, com os 100 anos da República à vista, faz cada vez mais sentido.

É do interesse óbvio da matriz do partido, como disse, que o PPM faça parte de uma coligação pré-eleitoral. Embora muitos possam rir dessa hipótese e escarnecer sobre o trabalho dos dois deputados que actualmente integram a bancada do PSD, é preciso ver que os mesmos estão lá apenas como independentes, logo sem gabinete próprio e obrigados à disciplina de voto do PSD. E cumpriram com honra e dignidade as funções que o PSD lhes atribuiu. Com um gabinete próprio, possível apenas em caso de ser eleito directamente ou em coligação pré-eleitoral, teremos um PPM com a sua própria liberdade e responsabilidade.

O PPM, se não for para a AR em coligação pré-eleitoral, repito, não vai ter medo de ir a votos. E vai fazer lembrar que, nesta altura, sociais-democratas e centristas monárquicos devem acreditar que valerá a pena votar numa AD. Uma AD pós-eleitoral que inclua o PPM. Só que isso vai custar votos onde podem vir a faltar. Em alternativa, para evitar que se perca uma maioria absoluta por 200 votos ou até por cem ou cinquenta, PSD e CDS teriam mais vantagem em assumirem já um contrato eleitoral com os portugueses. Antes das eleições.

Devem apresentar ao país um projecto de unidade pré-eleitoral. Como em 1979. Porque os actuais problemas do País pedem esse compromisso político de trabalho e não a fria análise dos votos contados depois das eleições e negocições que vão atrasar e descredibilizar o processo de governação. Foi isso que falhou em 2002… Foi isso que não aconteceu em 2005.

Nestas eleições o PPM estará lá, como o terceiro elemento de pleno direito. Para garantir que o contrato funcionará.

Porque não queremos mais ditaduras…

Porque queremos um Portugal Livre.

Por todos nós. Portugueses.

http://eleicoes2009.info/legislativas/uma-nova-ad-para-portugal/#autor


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